Globo avança com a tecnologia em nuvem e caminha para se transformar em uma mediatech

Sobre Globo

A empresa abrange canais na TV aberta e por assinatura, produtos digitais - como Globoplay, Cartola, g1, ge, gshow - e outros serviços. Ao investir cada vez mais em novos modelos de negócios, a Globo busca se aproximar dos desejos e expectativas de seu público.

Setores: Media & Entertainment
Sede: Brasil

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A migração para a nuvem mudou a forma como são feitas as produções, assegurando ganho de tempo para os operadores e confiabilidade e inovação nos processos, privilegiando a modernização de sistemas de um modo geral.

Resultados do Google Cloud

  • Experimentação e implementação de projetos complexos a custos reduzidos, em comparação aos processos tradicionais
  • Sistemas virtualizados que descentralizam operações
  • Escalabilidade e segurança no tratamento de dados

Realização de +50 eventos em 2021 com a Live Production.

Maior empresa de mídia da América Latina, a Globo é composta pela integração das antigas TV Globo, Globosat, Globo.com e DGCORP (Gestão Corporativa). A organização reúne, além dos canais de TV aberta, 26 canais de TV por assinatura, o Globoplay, que oferece Video on Demand e por streaming, e, ainda, seus portais de notícias e conteúdo digital sobre jornalismo, esporte e variedades. Com sua ampla rede de afiliadas parceiras que cobre todo o país e sua penetração em comunidades brasileiras espalhadas por diversos países, a Globo é local, regional, nacional e internacional ao mesmo tempo.

Desde 2018, a companhia vem construindo sua jornada de transformação em uma mediatech, tomando como base a tecnologia e se voltando para o relacionamento direto com o consumidor. Traçando objetivos que abrangem a otimização da sua infraestrutura e a geração de oportunidades de negócios por meio de uma plataforma escalável, a Globo fez testes, desenvolveu produtos e pesquisou prestadores de serviços que pudessem acompanhar suas ambições.

"Ainda em 2018 nascia a nossa primeira iniciativa com a renderização de efeitos visuais na nuvem. Os passos iniciais trouxeram ainda mais segurança de que estávamos na direção correta e que a nossa jornada estava apenas começando", conta Thiago Abreu, Gerente de Soluções de Mídia da Globo.

"Em 2019, mapeamos as principais etapas da cadeia de valor de mídia audiovisual que já se apresentavam como viáveis para a transformação do modelo. Construímos uma arquitetura de alto nível e começamos a desenvolver iniciativas com grandes parceiros da indústria, incluindo Playout, serviços de mídias, Edição, AI/ML para recomendação e enriquecimento de dados e o Live Production", completa.

Desde o início de 2021, a empresa passou a contar com os serviços Google Cloud. A intenção é que o Google Cloud se torne seu principal provedor de soluções em nuvem e também um catalisador de inovação para a empresa de comunicação. O planejamento prevê a migração para a nuvem de etapas relevantes dos processos de produção e de distribuição de conteúdos produzidos pela Globo, o que irá preparar o terreno para as novidades concretizadas em um futuro próximo.

A eficiência e a qualidade que são previstas com essa transformação são fatores que irão refletir diretamente na entrega ao público, no melhor gerenciamento de dados e na criação de modelos de negócios. No curto prazo, projetos de evolução digital que já faziam parte da rotina de trabalho da empresa têm sido aprimorados de acordo com o tempo de uso e as novas possibilidades oferecidas pelas soluções do Google Cloud.

Ao vivo com o Cloud Live Production

Um destes exemplos diz respeito às grandes produções ao vivo e gravadas do canal. Ao ponderar o número de produções anuais da Globo, que possui mais de 3500 eventos de esporte, e aproximadamente 200 horas de conteúdos da própria empresa, distribuídos em mais de 40 canais dentre as TVs aberta por assinatura e Over-The-Top (OTT), a conclusão é de que essa infraestrutura exige um exercício de organização e logística para acomodar vários pedidos nos controles de produção e unidades móveis.

Há limitações de cunho geográfico, quando se tratam de eventos nas mais variadas regiões do país, ou situações que respeitam a sazonalidade desses mesmos eventos. Consequentemente, é preciso dispor de uma equipe dedicada que atenda a cada um desses acontecimentos, localização fixa e física, estrutura hábil para fazer do projeto uma realidade, e esses são apenas alguns dos fatores que impactam na logística e no custo final.

A integração de sistemas para conduzir sinais de áudio e vídeo, os equipamentos de captação e de processamento, o ambiente de mesa de vídeo e a dependência de estruturas estáticas formam outras variáveis. Justamente por isso, o conceito de Live Production surge com a necessidade de reavaliar a forma como ocorrem as produções.

"A urgência de alterar esse modelo de atuação é o que nos fez embarcar no Cloud Live Production, onde passamos a dispor de sistemas virtualizados, em uma nuvem pública, em que as pessoas pudessem acessar e operar a plataforma de onde estivessem. A sinergia, a praticidade e a escalabilidade foram características que observamos como mais valiosas."

Wilson Oliveira de Almeida, Gerente de Soluções de Mídia da Globo

A nuvem como alternativa

A proposta da Live Production estava em andamento e iniciou ainda antes da decisão pelo Google Cloud. Primeiramente foram simuladas produções com as plataformas. Após esse período, aconteceram eventos específicos ao vivo, até que fosse consolidado o uso da infraestrutura e das aplicações disponíveis no ambiente. A partir do momento em que a parceria foi firmada, o projeto passou a operar com Compute Engine, Cloud Storage e Cloud Interconnect.

Os sinais produzidos e finalizados dos eventos são enviados pelas facilidades do Cloud Interconnect e, depois do recebimento por parte da emissora, a transmissão vai ao ar nas diversas multiplataformas da Globo ou é direcionada da nuvem para a infraestrutura de Content Delivery Network (conhecida como CDN ou, em português, Rede de Distribuição de Conteúdo).

"A produção de conteúdo na nuvem permite que se ganhe agilidade, escalabilidade e capacidade, uma vez que requer menos tempo para iniciarmos uma nova jornada em que as nossas áreas de Conteúdo precisem entrar em ação. Os tempos entre a idealização de uma produção e a realização são menores em função da escalabilidade das soluções e serviços na nuvem, nos permitindo um aumento de capacidade pontual ou permanente", confirma Laercio Silveira, Gerente da Plataforma de Produção da Globo.

No padrão tradicional, a Globo usava recursos humanos de uma mesma localidade para produzir os eventos, concentrando toda a sua operação em uma única sede. Por outro lado, nas ações que usufruem da nuvem, é possível agregar diversos colaboradores, descentralizando a operação.

Antes, serviços eventuais precisavam ser contratados para que o trabalho fosse executado com êxito, mas agora nota-se que a relevância está em manter um serviço fixo, até para que seja possível compreender as dinâmicas e a maneira como se desenvolvem os processos das produções.

"O novo modelo habilita ambientes de operação mais leves na emissora, a capacidade de realizar as contribuições em qualquer lugar e a própria realização da operação menos centralizada. A redução de custos também acontecerá, uma vez que no médio e longo prazo se passa a investir menos no parque de equipamentos tradicionais, com seus custos correlatos, e se transita para modelos de locação de microsserviços da nuvem, que podemos utilizar mais ou menos de acordo com as demandas", opina Silveira.

"Temos mais liberdade para poder criar. Um dos grandes benefícios é trabalhar com escalabilidade e elasticidade. Muitas produções são sazonais, como Copa do Mundo, Olimpíadas, Big Brother; por isso abre-se uma porta enorme para a eficiência, além do fato de não haver recursos ociosos."

Bruno Lopes, Gerente de Soluções de Mídia da Globo

Quebra de paradigmas e os primeiros pontos positivos

Se antes os controles de produção on-premises da Globo, que em muitas ocasiões enfrentavam falta de agenda disponível, determinavam a realização de programas, com a implementação da plataforma no Google Cloud tornou-se viável suprir a demanda dos times de esporte, jornalismo e entretenimento da TV.

Homem na sala de controle do estúdio de TV - Globo and Google Cloud Case Study
Fonte: Divulgação/Globo.

"Existem máquinas virtuais que começaram a nos dar apoio praticamente junto com a Live Production. Ou seja, foram desenvolvidas máquinas específicas para rodar as aplicações. E o Cloud Interconnect fez toda a diferença em relação à latência, que é quase imperceptível", menciona Hélio Eufrauzino, Especialista de Soluções de Mídia da Globo.

O Round Trip Time (RTT) registra um valor de apenas 10 milissegundos, permitindo a avaliação da Iatência citada. Características computacionais como a elasticidade, agilidade e escalabilidade também são levadas em consideração no início dessa verdadeira transformação digital.

"Um teste que foi uma surpresa para todos foi uma partida de vôlei que cobrimos. Nós estávamos rodando o jogo ao vivo na TV e pensávamos que a disputa esportiva iria acabar em uma hora e meia. Porém, conforme o andamento da competição, estivemos mais tempo no ar e comprovamos que a plataforma na nuvem consegue permanecer 3 horas ou mais ao vivo. Esse foi um exercício em que pudemos analisar o desempenho e ficamos satisfeitos. Seguimos atentos ao que pode ser aperfeiçoado", afirma Hélio Eufrauzino.

Profissionais na sala de controle durante transmissão esportiva - Globo and Google Cloud Case Study
Fonte: Divulgação/Globo.

"Em 2021, ano de lançamento, realizamos 55 eventos. Em 2022, acumulamos 33 eventos realizados, e a meta é chegar aos 200 com paralelismo de 2 eventos simultâneos. No entanto, para atingirmos os objetivos de otimização dos recursos on-premise, o plano é que até 2027 tenhamos 1.200 eventos por ano sendo realizados pela cloud com até 4 eventos simultâneos", garante Gabriel Fraga, Agilista de Soluções de Mídias da Globo.

Outro destaque com a Live Production foi a percepção de parte da equipe de colaboradores, profissionais de comunicação e pessoas envolvidas diretamente nos eventos. A simplificação, que foi a vantagem mais evidenciada e observada durante os eventos, surpreendeu positivamente até mesmo os narradores das partidas.

"Se eu tivesse que definir em uma palavra a experiência com a nuvem seria inovação. Fiquei muito impressionado com os recursos, pois parecia que realmente estávamos fazendo tudo dentro de um estúdio. Não houve perda de qualidade, a imagem era limpa. Foi um prazer ter participado dessa experiência tão inovadora", cita Bruno Souza, Narrador da Globo.

Claquete Física e uma estratégia apoiada no Google Video Intelligence

Mais uma exemplificação do que vem sendo feito para ultrapassar os desafios técnicos corresponde às mudanças propiciadas nas claquetes, parte fundamental na organização e automação da produção de programas, novelas e seriados.

A claquete é um dispositivo usado no audiovisual para identificar os planos e tomadas rodados durante a produção. Nos estúdios Globo, a rotina de trabalho costumava contar com um processo de arquivamento de conteúdos em cartões de memória, que eram transferidos por uma aplicação. Essa aplicação realizava a extração dos metadados de arquivo; contudo, os metadados contidos nas claquetes das gravações precisavam ser inseridos nesse sistema manualmente.

O operador abria cada um dos arquivos de vídeo, encontrava a claquete e, de maneira manual, transcrevia as informações para o formulário do aplicativo. Apenas após a consolidação desses metadados o material era inserido no sistema de pós-produção.

Com a entrada do Video AI, o procedimento tornou-se mais eficiente e mudou o conceito adotado. A aplicação recebe os vídeos do cartão de memória da câmera e, desta vez, para cada um dos vídeos, gera um pequeno vídeo de proxy, de poucos segundos e de resolução mais baixa, contendo apenas o momento inicial de exibição da claquete.

Esse proxy é enviado para um espaço no Cloud Storage. Ao terminar o upload, ativa-se o Cloud Functions, que aplica o serviço de Reconhecimento Ótico de Caracteres - ou Optical Character Recognition (OCR) - do Video AI sobre o proxy. Os resultados são formatados pelo Cloud Functions e retornam para a aplicação. Já para a padronização das informações, foi criada uma aplicação web de criação de claquetes, hospedada no App Engine. O Firebase complementa esse processo.

"O objetivo era alcançar a padronização. Existe um aplicativo web, que abre e funciona normalmente nos telefones móveis e é nessa aplicação que nós usamos o App Engine e toda configuração de logins específicos, que ficam locados em Firebase", afirma Pedro Gil Oliveira de Magalhães Couto, Desenvolvedor da Globo.

O desempenho da aplicação e o reforço da segurança

A aplicação vem sendo incorporada progressivamente em diferentes produções da Globo, tanto no que se refere às gravações externas quanto às gravações em estúdio. Isso significa um grande volume de conteúdos, que cresce na mesma proporção em que são constatados ganhos de eficiência.

As ferramentas da nuvem geraram maior performance, e fizeram com que funcionários deixassem de realizar um processo repetitivo e intensivo de mão-de-obra, oferecendo-lhes tempo disponível para a execução de tarefas com maior nível de criticidade.

Paralelamente, a questão da segurança é uma preocupação forte dos times da Globo. Não seria possível enviar à nuvem um conteúdo de vídeo que ainda não havia sido exibido e, então, foi necessário usar a criatividade para elaborar uma solução alternativa.

"A aplicação não envia vídeos à nuvem, e sim faz a seleção e encaminha apenas frames (fotos) das claquetes. A análise na parte de inteligência artificial acontece através das fotos das claquetes, e não dos vídeos. Houve a intenção, ainda, de não manter uma infraestrutura na nuvem. O serviço de AI é consumido através de API, e o acesso à internet é aberto exclusivamente para essa API, mitigando o risco de segurança", comenta Luis Henrique da Rocha Santos, Gerente de Soluções de Mídia da Globo.

Claquete Digital: a automatização das informações

Na outra ponta, na pós-produção, havia mais uma situação a ser pensada com o intuito de facilitar as atividades. A claquete digital, usada para identificar o conteúdo no momento de sua exibição, também tinha os dados inseridos manualmente no sistema de gestão de mídias. Para isso, os operadores abriam as mídias no sistema de exibição, encontravam a claquete e transcreviam os elementos para o sistema.

"No momento em que o operador recebia o material, ele tinha que abrir o arquivo, procurar na mídia onde estava a claquete e, encontrando essas informações, ele transcrevia o nome do programa, a cena, o diretor e outros detalhes. Tempo inicial e tempo final do programa, demais anotações adicionais, tudo era parte de uma ação manual, bem como a transferência da mídia e a necessidade de haver uma pessoa para fazer a conferência da chegada do material", conta Luis Henrique.

Em conversas com os times de exibição da Globo, surgiu a ideia de realizar testes com diversos provedores de serviços de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) para encontrar uma solução que aprimorasse essa operação. E o Vision AI provou ser a ferramenta mais adequada para conter as demandas da equipe.

Já na primeira metade de 2020, houve a construção de uma prova de conceito baseada no retorno de detecção obtido com origem nas imagens estáticas da claquete. Desde então, o trabalho esteve voltado às integrações fundamentais para a extração de todos os metadados utilizados na automatização do fluxo.

Usabilidade e benefícios conquistados

As ferramentas que compreendem a operação da claquete digital são principalmente o Vision AI e o Cloud Storage, para armazenamento dos templates XML e geração de logs visuais para auditoria, por exemplo. O modo de funcionamento das ferramentas, basicamente, obedece à seguinte ordem: os materiais, ao caírem em uma pasta específica, são processados por uma aplicação em Python. Essa aplicação detecta o ponto de entrada da claquete e os pontos de entrada e saída do vídeo ativo. Posteriormente, extrai um dos quadros da claquete e o converte em uma imagem.

Em seguida, a imagem é enviada, via chamada de API, para o Vision AI. O retorno é inserido, junto às informações do vídeo ativo, sobre um template XML, que é baixado do Cloud Storage. O arquivo segue dessa forma para o sistema de exibição, que faz a incorporação dos metadados e da mídia.

"Após as primeiras impressões relativas à usabilidade da solução desenvolvida, o ganho de tempo para os operadores, a diminuição da duração do processamento e o aumento da assertividade das marcações realizadas foram algumas das vantagens percebidas por nós."

Luis Henrique da Rocha Santos, Gerente de Soluções de Mídia da Globo

Os resultados positivos incluem a realização do fluxo de operação de forma completamente automatizada, a diminuição de 80% no tempo total gasto para a ocorrência do fluxo, com cobertura de mais de 85% de todos os materiais exibidos e a assertividade de praticamente 100% para preenchimento dos metadados.

A capacidade de realizar as consultas à Vision AI via API privada possibilita maior confiabilidade e baixa latência. A utilização de sistemas de IA e ML serverless configura uma melhoria significativa para a atuação em áreas de inovação, ao suscitar experimentação e implementação de projetos complexos a custos menores, em comparação a formas tradicionais de construção e disponibilização de modelos.

O que o futuro reserva

Com o emprego de esforços no desenvolvimento de aplicações e na utilização de ferramentas úteis para o caso das claquetes físicas e digitais, a Globo espera traçar mais metas, certificando-se de suas decisões por meio de pesquisas e testes, dando continuidade à sua jornada de inovação para se tornar cada vez mais referência e se manter na vanguarda tecnológica no setor.

No que se refere à Live Production, como os recursos do Compute Engine estão disponíveis para os colaboradores independentemente de sua geografia, um dos diferenciais está conectado à melhor utilização dos recursos humanos entre as várias sedes da Globo, dentro do país ou até internacionalmente. Além disso, recursos nas venues, como unidades móveis de produção, e nas emissoras, como controles de produção de eventos, poderão gradativamente ser dispensados.

A jornada de transformação digital da Globo, iniciada com os primeiros testes em 2018 e amplificada pela parceria com Google Cloud em 2021, é um processo de inovação constante. Por meio da utilização de tecnologias de Inteligência Artificial, Machine Learning e análise de dados, novos produtos e serviços estão sendo desenvolvidos e agregados aos processos de produção e distribuição de mídia. São projetos que modernizam operações e aceleram a caminhada da empresa para se tornar uma mediatech de forma segura e confiável. A continuidade desse trabalho em parceria reflete também no constante aumento de qualidade dos produtos e serviços entregues ao público e na criação de novos modelos de negócio ao longo dos próximos anos.

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