Escritório de Dados da Cidade do Rio de Janeiro

Escritório de Dados da Cidade do Rio de Janeiro aumenta eficiência de seus serviços com Gemini

Resultados com o Google Cloud
  • 41,3 TB de dados armazenados e 9,5 TB de dados processados diariamente

  • Mais de 6 milhões de leituras OCR processadas por dia no CIVITAS

  • Mais de 1.400 casos que usaram informações geradas por captura de imagem a partir da IA

  • Redução do tempo de resposta ao cidadão propiciado pelo chatbot, de 30 para 5 min

A implantação do data lake da Prefeitura beneficiou diferentes secretarias, ampliou a produtividade dos colaboradores e resultou em uma entrega de serviços à população ainda mais consistente

Cityscape view of Rio de Janeiro

O Escritório de Dados da Cidade do Rio de Janeiro começou a operar em 2022. A divisão surgiu com a missão de ampliar a eficiência da administração municipal baseando-se em dados e evidências. Atualmente, o Escritório - que agora faz parte da IplanRio, empresa municipal de tecnologia comandada por Carabetta - integra uma infraestrutura única de dados, que centraliza informações essenciais da Prefeitura Municipal e suas diversas secretarias.

Mas, para que esta transformação relacionada aos dados fosse possível, uma outra história começou a ser contada, ainda em 2021, na Secretaria de Transportes - onde houve um pedido inicial relacionado ao monitoramento de ônibus na cidade via GPS, em tempo real, e que demandaria uma análise mais aprofundada. 

“O GPS havia sido implantado desde 2011 na rede de transportes rodoviários da cidade. No entanto, precisava ser melhor aproveitado. O objetivo era criar uma infraestrutura para salvar essas informações do GPS que aparecem em feed e depois processá-las. A intenção, com isso, era realizar diversas análises, saber qual ônibus passa em determinado horário e verificar de perto as atividades das companhias prestadoras de serviços”, detalha João Carabetta, Chefe Executivo de Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro. 

Além da necessidade diretamente ligada à pasta de Transportes, outras foram surgindo com o tempo. No setor público, muitos órgãos enfrentam dificuldade de acesso, integração e governança dos próprios dados, com uma infraestrutura física que é, muitas vezes, limitada. Portanto, a ideia era contar com uma infraestrutura integrada e completa, que permitisse novas soluções a todas as secretarias municipais do Rio de Janeiro.

A modernização trazida pelo uso das ferramentas em nuvem

Logo no começo de 2022, houve uma fase de consulta pública para definir qual empresa poderia encabeçar o projeto de data lake da Prefeitura, ocasião em que diversos prestadores de serviços divulgaram seus preços e requisitos, abrangendo cada stack de ferramentas tecnológicas.

Nesta etapa, o Google Cloud ganhou espaço. Um dos grandes diferenciais apresentados foi o BigQuery, que contava com suporte para treinar modelos de IA e possuía o melhor desempenho e custo-benefício, algo essencial para abstrair a complexidade de computação e administração de recursos. 

Desse modo, a arquitetura inicial foi montada em cerca de três a quatro meses, priorizando a governança e o controle de acessos dos usuários. Logo na sequência, os dados começaram a ser integrados gradualmente, abrindo caminhos para o que seria o conceito de centralização dos dados operacionais e transacionais da Prefeitura.

Em junho de 2022, houve o lançamento do data lake, contendo algumas das bases de dados mais importantes da Prefeitura do Rio de Janeiro. Hoje, diversas soluções do órgão público já operam dentro dessa plataforma, que continua expandindo e incluindo mais projetos a cada ano.

João Carabetta
As funcionalidades oferecidas pela nuvem, especialmente relacionadas ao BigQuery, tornaram-se destaque em razão da facilidade de uso e possibilidade de escala.

João Carabetta

Chefe Executivo de Tecnologia, Prefeitura do Rio de Janeiro

Nova era: um data lake que daria as boas-vindas a diferentes projetos

Agora, informações essenciais são centralizadas na Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, como folha de pagamento de funcionários; dados escolares (incluindo frequência e boletins dos estudantes); dados de transporte, como GPS de ônibus em tempo real; dados de saúde, abrangendo tanto o estoque de medicamentos quanto os históricos clínicos de pacientes; e dados de segurança pública, como a identificação de veículos que rodam na cidade em tempo real.

Nós descobrimos que, para leitura de imagem, o Gemini é destaque na identificação de contexto. Desde um simples alagamento e um carro parado na pista, até pessoas andando dentro de um túnel, enfim, tudo o que pode representar algum risco de segurança pode ser mapeado com a ajuda do Gemini.

João Carabetta

Chefe Executivo de Tecnologia, Prefeitura do Rio de Janeiro

Embora nem todos os dados estejam disponíveis publicamente, alguns podem ser acessados por meio do portal DataRIO e suas APIs, possibilitando aos cidadãos a utilização dessas informações para consulta e análise próprias. 

No que se refere à estrutura técnica, o Escritório de Dados, agora incorporado ao IplanRio, empresa municipal de tecnologia, usa clusters no Google Kubernetes Engine para hospedar serviços e rodar aplicações, que também suportam a infraestrutura de ETL para o BigQuery. O Cloud Storage é útil para montar tabelas externas. Além disso, o chatbot da Prefeitura, de atendimento ao público, foi implementado no Dialogflow, com webhooks no GKE integrando serviços on-premise. O Dialogflow faz fluxos interacionais e atua no 1746 para atendimento ao cidadão, uma iniciativa focada em zeladoria urbana.

Mas as novidades seguiram em curso, e as soluções do Google Cloud passaram a ser fundamentais para atender também à área da segurança pública. A Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública, CIVITAS, que é responsável por unir os dados municipais e analisá-los a partir do olhar da segurança pública e de tecnologias avançadas, faz uso extensivo do Gemini. Por meio de uma sala de situação no Centro de Operações Rio e do uso da IA, milhares de câmeras e radares da cidade são utilizados para monitorar veículos suspeitos, identificar placas clonadas e agir em outras situações de risco.

Números que comprovam os avanços da transformação tecnológica

De forma geral, a infraestrutura adotada pelo órgão público aumentou a produtividade dos colaboradores, liberando os profissionais para se concentrarem em análises e estratégias, em vez de direcionar o foco para questões técnicas. 

Agora, o Escritório consegue criar soluções de dados em poucos dias ou semanas, escalando facilmente para volumes massivos (terabytes e petabytes) sem alterar a infraestrutura. Nos dias atuais, a Prefeitura Municipal reúne 41,3 TB de dados armazenados; 9,5 TB de dados processados diariamente, 49 sistemas integrados e 10,5M de queries performadas. O Data Office, que une a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Transportes, a Secretaria de Educação, o Rio Águas, a Gestão de Pessoal e o CIVITAS, o Centro de Operações, além do AlertaRio, entre outros,  alcançou métricas significativas. 

No caso do CIVITAS, em média, são processadas mais de 6 milhões de leituras de OCR por dia e, em menos de um ano, já ocorreram mais de 1.400 casos que usaram as informações geradas por meio de captura de imagem com o auxílio da IA generativa, e mais de 7 mil placas de veículos suspeitos cadastradas no Cerco Eletrônico. 

Outros projetos impressionam pelo desempenho no que diz respeito ao atendimento à população. O chatbot viabilizado pela IA, que é o canal direto de comunicação para tratar da zeladoria urbana do município, registrou um tempo de resposta ao cidadão que diminuiu de 30 para 5 minutos, em mais de 30 mil conversas por mês. 

Esses são apenas alguns dos programas liderados pelo município e que contam com o Escritório de Dados para o seu pleno funcionamento. Assim, as métricas e os resultados positivos colhidos ao longo do tempo comprovam que as ferramentas em nuvem não apenas promoveram essa revolução dos dados internos da Prefeitura, como também aprimoraram de maneira expressiva a acessibilidade e a eficiência dos serviços oferecidos ao cidadão.

Temos objetivos audaciosos. Um dos principais é o crescimento do CIVITAS, e a ideia é expandir o número de câmeras da cidade. Estamos começando a usar agentes de IA também, para realizar leitura e relatório de segurança, com o intuito de automatizar o nosso trabalho.

João Carabetta

Chefe Executivo de Tecnologia, Prefeitura do Rio de Janeiro

O Escritório de Dados é um centro de pesquisa, formação e divulgação em ciência e visualização de dados da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Indústria: Setor Público

Localização: Brasil

Produtos:  BigQuery, Cloud Storage, Dialogflow, Gemini, Google Kubernetes Engine  

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